When we thought about which Wedding represented us the most, the answer seemed automatic for both of us: Arianne and Marco. Perhaps because Ari is Nathan's sister and Marco's our brother-in-law / brother-of-heart. Perhaps because of the days at the farm that preceded the wedding, the bonfires in the moonlight, the freezing cold, the warmth of the crowded kitchen, the preps done by our friends, the laughter in the kitchen as the cake baked and the dulce de leche cooked under pressure.
A good part of their friends are our friends, even living in different states, even with the physical distance, we had an agreement of not letting more than 3 months go by without seeing each other and thus strengthen our family relationships and friendship.
We divided this post into 3 parts: the days on the farm, the days at Casa Amadú and the wedding day. I also decided to write this text, representing me and Nathan, because that's how I feel about them: a spectator who was invited to be part of the family. And what a family!
When Ari and Marco decided to get married, the choice of place seemed obvious: Cunha. Where Ari's big family farm is located, where Ari and Nathan's father currently live and where everyone goes for the holidays.
We arrived at the farm almost 10 days before the official wedding date for preparations. Pack the jabuticaba jellies that Ari made with her mother, separate the logs for the decoration with Michael, Ari's "heart-father" (yes, this beautiful person has two parents!), prepare the barrels for the fire pits and ...breathe. Breathe the air of the farm, the depth of the stars, the energy of the dogs running around the dam, the smell of pizza in the wood oven.
Moments of peace, of laughter, of playing ping pong at dawn and cards by the fireplace. Tauaçuri days.
This wedding was made and photographed by many hands. By Sophia, Nathan's daughter, by Ian, Nathan's and Ari's brother, by Ana, our longtime friend and photographer, and Bichinho, our great friend and filmmaker who filmed this incredible moment. Each of them contributed to making this one of the most significant and remarkable moments of our life, each one of them is an essential part of this great family. And to each and every one of them our greatest and most sincere love and thanks.
Quando pensamos em qual trabalho nos representava por completo, a resposta pareceu automática nos olhos de nós dois: Arianne e Marco. Talvez porque a Ari seja irmã do Nathan, o Marcão nosso cunhado/irmão, os dias no sítio que antecederam o casamento, as fogueiras à luz da lua, o frio congelante, o calor da cozinha cheia de gente, a montagem feita pelos amigos, as risadas na cozinha enquanto o bolo assava e o doce de leite cozinhava na pressão.
Boa parte dos seus amigos são nossos amigos, mesmo morando em diferentes estados, mesmo com a distância física, sempre combinamos que não deixaríamos passar mais de 3 meses sem nos ver e assim fortificar as nossas relações de familiares e amigos.
Nós dividimos esse post em 3 etapas: os dias no sítio, os dias na Casa Amadú e o dia do casamento. Também decidi por escrever esse texto, representando a mim e o Nathan, pois é assim que me sinto em relação a eles: uma espectadora que foi convidada a fazer parte da família. E que família!
Quando a Ari e o Marcão decidiram se casar, a escolha do local parecia óbvia: Cunha. Lá, onde fica o sítio da grande família da Ari (e que há muitos anos já é do Marco e já é nossa). Lá, onde atualmente vive o John, o pai da Ari e do Nathan, e onde todos se dividem nos feriados.
Nós chegamos no sítio quase 10 dias antes da data oficial do casamento para os preparativos. Embalar as geleias de jabuticaba que a Ari produziu com a mãe, separar os troncos de madeira da decoração com o Michael, o pai de coração da Ari (sim, essa pessoa linda que tem dois pais!), preparar os barris para a fogueira e...respirar. Respirar o ar do sítio, o profundo das estrelas, a energia dos cachorros correndo ao redor da represa, o cheiro da pizza no forno à lenha.
Momentos de paz, de risadas, de ping pong pela madrugada, de carteado ao pé da lareira. Dias de Tauaçuri.
Esse casamento foi feito e fotografado por muitas mãos. Pela Sophia, filha do Nathan, pelo Ian, irmão do Nathan e da Ari, pela Ana, nossa amiga e fotógrafa de longa data, e pelo Bichinho, nosso grande amigo e filmmaker que filmou esse momento tão incrível. Cada um deles contribuiu para que esse fosse um dos momentos mais significativos e marcantes da nossa vida, cada um deles é parte essencial dessa grande família. E a cada um deles o nosso maior e mais sincero amor e obrigado.
The Farm | O Sítio
During the period on the farm, we went to Casa Amadú a few times to leave things that we had already prepared: drinks, furniture, barrels ... and in that brief moment we already had a glimpse of the days to come, the breathtaking sunsets , the extremely cold nights, the sea of mountains that greeted us good morning every day.
It was at Casa Amadú where we received our friends and it was there that every single one of them made this wedding happen. If there is one thing we can say that is: everyone got their hands dirty and without them, nothing would have happened. From the cake made by Bia (and the thousand previews that we "HAD to taste" before the official one was ready), the ring holder sewn by Bella, Marco's mother, Bel, who is an event producer and her team, the blackboards painted by Bender and Ian, the giant macrame made by Carol for the altar, the furniture carried by Fofão, Ari's uncles catering service, and everything, absolutely everything, passing through their hands. Even Ana, when she arrived to photograph, brought her homemade liquors produced by her and her husband.
The meaning of wedding was raised to a thousandth power, it took on another form, another color, another reason: community. How can we not talk about Ale, the owner of Casa Amadú, who has become an integral part of this community? He became a friend and partner. Not only did he get his hands dirty, but he determined that the Araucaria natural reserve on his land would be called Arimarco, in honor of this incredible couple. In fact, during the ceremony, the two planted an araucaria seedling to mark this moment: as roots, as trees, union, growth and fortification. Family.
One of the most memorable moments for me was on the first night, when Ari showed her dress to the bridesmaids. We screamed and shouted, crying of joy. Each of us received a headpiece made by Ari (did we say already that she is a jewelry designer?) to wear during the wedding. And since we are on this matter, it is also worth saying that Ari made her own headpiece and, her father Michael, who is the chief jewelry designer of the family, made the wedding rings (which, as a surprise, were only seen by the two of them at the time of their exchange, right in the altar).
On the day before the wedding a torrential rain swept over the top of the hills, and a mixture of apprehension and wonder took place. Can you imagine if that rain came on the wedding day and not the day before? But just as quickly as it came, it passed, setting the stage for the most anticipated day of this journey. In the evening, a cheerful wedding rehearsal, with chants and shouts and tons of emotion. In the middle of the darkness, we let there be light as the festoon of lights lit up, illuminating the whole garden. It felt like magic. The wedding day was finally coming.
Durante o período do sítio, fomos algumas vezes na Casa Amadú para deixar coisas que já tínhamos preparado: bebidas, móveis, barris...e nesse pequeno momento já tivemos os vislumbre dos dias que estavam por vir, dos pores-do-sol espetaculares, das noites geladas, do mar de montanhas que nos dava bom dia todos os dias.
Foi na Casa Amadú que recebemos nossos amigos e foi lá que cada um que estava presente fez o casamento acontecer. Se tem uma coisa que podemos dizer é: todos colocaram a mão na massa e, sem eles, nada teria acontecido. Do bolo feito pela Bia (e as mil prévias que a gente "TEVE que comer" antes do oficial sair), do porta alianças costurado pela Bella, a equipe da Bel, mãe do Marcão, que é produtora de eventos, os quadros negros pintados pelo Bender e Ian, o macramê gigantesco feito pela Carol para o altar, os móveis carregados pelo Fofão, o buffet dos tios da Ari, e tudo, absolutamente tudo, passando pela mão dos dois. Até a Ana, quando chegou para fotografar, trouxe seus licores caseiros produzidos por ela e o marido.
O significado de casamento foi elevado a milésima potência, ele ganhou outra forma, outra cor, outro motivo: comunidade. Como não falar do Ale, o dono da casa Amadú? Ele que se tornou parte integrante dessa comunidade, se tornou um amigo e parceiro. Não só colocou a mão na massa, como determinou que a reserva natural de araucárias em seu terreno se chamaria Arimarco, em homenagem a esse casal tão incrível. Durante a cerimônia os dois plantaram uma muda de araucária para marcar esse momento: como raízes, como árvores, união, crescimento e fortificação. Família.
Um dos momentos mais marcantes, pra mim, foi logo na primeira noite, quando a Ari mostrou o vestido para as madrinhas. Confusão e gritaria, choro e alegria. Cada uma de nós recebeu uma peça confeccionada pela Ari (já falamos que ela é designer de joias?) para usar na cabeça durante o casamento. E já que estamos nesse ponto, vale dizer também que a Ari confeccionou a sua própria peça de cabeça e, seu pai Michael que é o designer de joias mór, confeccionou as alianças (que, como surpresa, só foram vistas pelos dois no momento da troca, diante do altar).
No dia anterior ao casamento uma chuva torrencial varreu o topo das colinas, um misto de apreensão e deslumbre. Já pensou se tivesse sido no dia do casamento? Mas assim como rápida ela veio, rápida ela passou, preparando o terreno para o dia mais esperado. Na noite, um ensaio animado, com muitos gritos e aplausos e emoção. No meio da escuridão fez-se luz, quando o festão de luzes acendeu clareando todo o jardim. Parecia mágica. O dia do casamento estava, enfim, chegando.
Casa Amadú
And then the time comes. The big day. And what a beautiful day! Arianne and Marco woke up crying, we woke up crying, the house seemed to be filled with a feeling of deep gratitude and expectation.
I confess that it was one of the most difficult things in the world to be able to get ready and at the same time photograph, so thank god Ana was there to cover all those moments. We usually say that she is the third Thrall in this business. :) Thanks to her we were able to enjoy, cry (and pay attention to Nathan in that part) and be free to photograph what we wanted, the way we wanted.
It was hard to send Arianne to her room. By lunchtime she was still making flower arrangements, painting blackboards and just walking around completely overwhelmed. Her hair and makeup were done by her cousins, another proof that everything in this wedding was done for them and by them. Even Nathan got his hair done, on what was a very sweet moment between brother and sister.
Marcão was becoming more introspective as the hours passed. When the time came for him to get dressed, he had help from Bella to do his hair, Nathan to pin his flower lapel and Fofão to keep the laughs up high in the room. But as the guests arrived, he dived in his own moment. With his St. George medallion hanging from his chest, he saw everything from a distant perspective and decided to leave the house only when it was time for the ceremony.
With the sun illuminating the Macrame threads and his aunt waiting at the altar to minister the ceremony, Marcão and Bel came out holding hands, in one of his most iconic expressions: the laughy-cry. Everyone around was overwhelmed with an indescribable emotion.
Nathan couldn't help himself and, as soon as he stepped into the aile, he burst into tears. It was as beautiful as it was comical. :) The bridesmaids and best men, the flower girls, the sun and, finally, Arianne.
The sound of the atabaques (a typical African drum) broke the silence on the mountains. With the sun shining in her eyes and sparkling on the opal on her forehead, Arianne emerged holding her father's hand and was soon joined by her second father. There she was, beautiful, arm in arm with her first loves, surrounded by so many other loves, and ready to be united to her greatest love. And so it was.
An eagle flew over our heads, the sun shone on the lake, creating an abundant and fantastic light, the araucaria was planted and their faces lit up when they first saw the wedding rings made by Michael.
We had the most beautiful sunset and the coldest night of the year (the temperature reached 0 degrees celsius). The beers froze right in the open, the bonfires brought heat and smoke, marshmallows crisped in children's hands. We were intoxicated with wine and love, dancing over a playlist that was carefully put together for months on by both of them. We were celebrating in every possible way.
What an honor, what a privilege.
This is our family.
E então chega o momento. O dia. E que dia lindo! Arianne e Marco acordaram chorando, nós acordamos chorando, a casa parecia estar tomada por um sentimento de profunda gratidão e expectativa.
Confesso que foi das coisas mais difíceis do mundo poder nos arrumar e ao mesmo tempo fotografar, então graças a deus que a Ana estava lá para cobrir todos esses momentos. A gente costuma dizer que ela é a terceira Thrall dessa empresa. :) Graças a ela pudemos curtir, chorar (e atenção para o Nathan nessa parte) e ficar livres para fotografar o que quiséssemos, do jeito que quiséssemos.
Foi difícil mandar a Ari pro quarto. Até por volta da hora do almoço ela ainda fazia arranjo de flores, pintava quadros e simplesmente andava por aí em êxtase. Seu cabelo e maquiagem foram feitos por suas primas, mais uma prova de que tudo nesse casamento foi feito por eles e para eles. Até o Nathan entrou nesse embalo, gerando um momento muito querido entre irmãos, enquanto seus cabelos eram arrumados.
O Marcão ia ficando mais introspectivo à medida que as horas iam passando. Quando chegou o momento de se vestir, teve ajuda da Bella pra fazer seu cabelo, do Nathan para prender sua lapela e do Fofão pra manter as risadas em alta. Mas à medida que os convidados foram chegando, à medida que a ficha foi caindo, ele mergulhou num momento só dele. Com seu medalhão de São Jorge pendurado no peito, ele viu tudo de longe e decidiu por sair só na hora da cerimônia.
Com o sol iluminando os fios do Macramê e sua tia esperando no altar para celebrar a cerimônia, Marcão e Bel entraram de mãos dadas. Riso choro, riso choro. Todos em volta foram inundados por uma emoção indescritível.
Nathan não conseguiu se segurar e, assim que pisou no corredor de entrada, desabou em lágrimas. Foi tão lindo quanto cômico. :) Os padrinhos, as crianças, o sol e, enfim, Arianne.
Os atabaques rufaram e quebraram o silêncio na colina. Com o sol brilhando em seus olhos e reluzindo na opala em sua testa, Ari entrou de mãos dadas com o pai e, logo em seguida, foi seguida por seu segundo pai. Ali estava ela, linda, de braços dados com seus primeiros amores, rodeada por tantos outros amores, e pronta para ser entregue ao seu grande amor. E assim foi.
Uma águia sobrevoava as nossas cabeças, o sol reluzia no lago, criando uma luz abundante e fantástica, a araucária foi plantada e o rosto dos dois se iluminou ao verem pela primeira vez as alianças produzida pelo Michael.
Tivemos o mais lindo pôr-do-sol e a noite mais gelada do ano (a temperatura chegou a 0 grau). As cervejas congelaram ao ar livre, as fogueiras traziam calor e fumaça, os marshmallows queimavam na mão das crianças. Estávamos enebriados de vinho e amor, embalados por uma playlist produzida e pensada durante meses a fio pelos dois. Estávamos em festa, em todos os sentidos possíveis.
Que honra, que privilégio.
Essa é a nossa família.